Vivemos em um universo cuja imensidão pressupõe um criador Poderoso, universo cuja beleza, desenho e ordem apontam para um sábio Legislador. Mas quem fez o Criador? Podemos recuar no tempo, indo da causa para o efeito, mais não podemos continuar nesse processo de recuo sem reconhecer um ser "que existe sempre". Esse Ser que existe sempre é DEUS, o Eterno, a causa e a origem de todas as coisas boas que existem.
Vamos falar sobre a existência de Deus: em parte alguma as Escrituras tratam de provar a existência de Deus mediante provas formais. Ela e reconhecida como fato auto evidente e como crença natural do homem. As Escrituras em parte alguma propõem uma serie de provas da existência de Deus como preliminares ä fé: elas declaram o fato de Deus e chama o homem a aventurar-se na fé. "Quem dele (de Deus) se aproxima precisa crer que Ele existe" (Hb 11.6), e esse é o ponto inicial na relação entre o homem e DEUS. A Bíblia, na verdade, fala de homens que dizem em seus corações que não ha Deus, mas esses são "tolos", isto é, são ímpios praticantes que já expulsaram dos seus pensamentos porque já expulsaram de suas vidas.
Se as Escrituras não oferecem nenhuma demonstração racional da existência de Deus, porque faremos essa tentativa? Podemos sim falar de evidências da existência de Deus. Talvez você que pergunta: Onde acharemos evidências da existência de Deus? Oras, na criação, na natureza humana e na história humana. Dessas esferas, deduzimos as cinco evidências seguintes da existência de Deus:
1 - o argumento da criação. A razão argumenta que o universo deve tem um principio. Todo efeito deve ter uma causa satisfatória. " O universo, como já imaginamos, é um sistema formado por milhões e milhões de galáxias. Cada uma delas se compõe de milhões e milhões de estrelas. Perto da extremidade de uma dessas galáxias - A VIA LÁCTEA - existe uma estrela de tamanho médio e temperatura moderada, já amarelada pela velhice - O NOSSO SOL ." E imaginem que o sol e milhões de vezes maior que a nossa pequena Terra! “O sol gira numa orbita vertiginosa em direção a extremidade da VIA LÁCTEA, a 19 300 metros por segundo, levando consigo todo o sistema solar, que gira num gigantesco arco a velocidade incrível de 321 Km por segundo. Calcula-se que o numero de galáxias que compõe o universo é da ordem de 500 milhões de milhões.”
Consideremos nosso pequeno planeta e, nele, as várias formas de vida existentes, as quais revelam inteligências e desígnios. Naturalmente, surge a questão: “Como tudo isso se originou?”. A pergunta é natural, pois nossa mente é constituída de tal forma que espera que todo efeito tenha uma causa. Logo, concluímos que o universo deve ter tido uma “causa primeira”, ou um Criador. “No princípio – DEUS” (Gn 1.1).
2 – o argumento do desígnio. O desígnio e a formosura evidenciam-se no universo; mais o desígnio e a formosura implicam um arquiteto; portanto é a obra de um arquiteto dotado de inteligência e sabedoria suficiente para explicar sua obra. O grande relógio de Estrasburgo tem, além das funções normais de um relógio, uma combinação de luas e planetas que se movem ao longo dos dias e meses com exatidão dos corpos celestes, com seus grupos de representações que aparecem e desaparecem com regularidade igual ao soar das horas no grande cronômetro.
Declarar não ter havido um engenheiro que construiu o relógio e que esse objeto “surgiu por acaso” seria insultar a inteligência e a razão humana. É insensatez presumir que o universo “surgiu por acaso” ou, em linguagem cientifica, que surgiu “da confluência fortuita dos átomos”.
O Dr. Whitney, disse certa vez que um “ímã atrai o outro pela vontade de DEUS, e ninguém pode dar uma explicação melhor que essa”. “O que o senhor quer dizer com a expressão “vontade de Deus”? alguém lhe perguntou. O Dr. Whitney replicou: “como o senhor define a luz? (...) Existe a teoria corpuscular, a teoria de ondas e, agora, a teoria do quantum; e nenhuma das teorias passa de uma conjectura dos estudiosos. Com explicações tão boas como essas, podemos dizer que a luz caminha pela vontade de Deus (...). A “vontade de Deus, essa lei que descobrimos sem que a possamos explicar, é a única palavra final”.
3 – o argumento da natureza do homem: O homem dispõe de natureza mora, isto é, sua vida é regulada por conceitos do bem e do mal. Ele reconhece que há um caminho reto de ação, que deve seguir, e um caminho errado, que deve evitar. Esse conhecimento chama-se “consciência”. Ao fazer o bem, a consciência o aprova; ao fazer o mal, ela o condena. A consciência quer seja obedecida quer não, fala com autoridade. Butler disse, que acerca da consciência: “Se ela tivesse poder na mesma proporção de sua autoridade manifesta, governaria o mundo, isto é, se sua consciência tivesse a força de pôr em ação o que ordena, ela revolucionaria o mundo”. Mas acontece que o homem é dotado de livre-arbítrio e, portanto, tem poder para desobedecer a essa voz íntima. Mesmo quando mal orientada e sem esclarecimento, a consciência ainda fala com autoridade e faz o homem sentir sua responsabilidade.
Qual a conclusão que se tira desse conhecimento universal do bem e do mal? Que há um legislador que idealizou uma norma de conduta para o homem e tornou a natureza capaz de compreender esse padrão.
Não somente a natureza moral do homem, mas também todos os aspectos de sua natureza testificam sobre a existência de Deus. Quando o homem tem fome de Deus, ele anseia por Alguém ou Algo que possa satisfazê-lo. A afirmação “minha alma tem sede de Deus”, pois a alma não enganaria o homem com sede daquilo que não existe.
4- o argumento da história: A marcha dos eventos da história universal fornece evidência de um poder e de uma providência dominante. Toda a história Bíblica foi escrita para revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos assuntos humanos.
Em especial o modo de Deus tratar com indivíduos fornece provas de sua presença ativa nos assuntos humanos.
5- o argumento da crença universal: A crença da existência de Deus é praticamente tão difundida quanto a própria raça humana, embora muitas vezes se manifeste de forma pervertida ou grotesca e revestida de ideias supersticiosas.
Esse conhecimento universal não se originou necessariamente pelo raciocínio, porque há homens de grandes capacidades de raciocínio que também negam a existência de Deus. Mas é evidente que o mesmo Deus que fez a natureza, com suas belezas e maravilhas, fez também dotado de capacidade para observar, por intermédio da natureza, seu Criador.
Espero que com esses argumentos eu tenha conseguido provar que Deus existe.
Deus não fez o mundo sem deixar certos sinais, sugestões e evidências indicadoras das obras de suas mãos. Depois de todo esse argumento você ainda duvida da existência de Deus?
Rozênio Venâncio